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Dores e delícias (e dúvidas) de empreender - minha história como coach

  • Andréia Figaro Coach
  • 14 de dez. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 15 de dez. de 2021










Neste último texto do blog deste ano, quero compartilhar com você um pouquinho da minha história e de como o autoconhecimento me ajudou a equilibrar o empreendedorismo com a CLT. Para quem ainda não me conhece, sou Andreia Figaro, tenho 43 anos, estou casada há 18 anos e tenho duas filhas, uma de 8 e outra com 13 anos. Fiz formação de Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e me especializei em Positive Coach. Esse método é baseado na psicologia positiva, que é voltada para a teoria da felicidade.

Vim de uma família com poucos recursos, onde as coisas eram muito contadinhas, mas nunca nos faltou nada. Estudei a infância toda em escola pública. Fiz colegial técnico em contabilidade e a faculdade de ciências contábeis depois. Atuei 17 anos na área contábil/financeira, me casei, tive as meninas, e tudo ia muito bem.

Até que, no ano 2014, a empresa em que eu trabalhava na época decidiu centralizar todas as atividades no estado do Rio de Janeiro, e solicitou que os funcionários se mudassem para lá. Ao todo, éramos 45 funcionários, parte de São Paulo, Sul e Nordeste. Depois de um acordo, essa transição ocorreu como um projeto: ficaríamos no Rio por até 6 meses e depois seríamos realocados em outra área administrativa, cada um em sua região, sendo que eu voltaria para São Paulo.

Acabei ficando por lá durante 4 meses e meio, e posso dizer que foi um dos piores períodos da minha vida, exceto o falecimento dos meus pais. Eu permanecia trabalhando a semana no Rio de Janeiro e voltava para São Paulo nos finais de semana. As crianças ficavam aqui com meu marido; minha caçula estava com 2 anos e meio.


(Re)descobrindo a mim mesma

Por todo esse período, a pessoa para quem ensinei o trabalho acompanhou todo meu sofrimento e me convenceu que eu deveria fazer um curso de Programação Neurolinguística (PNL). Quando retornei a São Paulo fui e fazer meu primeiro treinamento de desenvolvimento humano e, depois dele, nunca mais parei.

Neste treinamento renasci e comecei uma nova jornada; recordei-me que com 20 anos fiquei em dúvida entre fazer Contabilidade ou Psicologia, mas na época não tinha recurso para pagar a faculdade de Psicologia, e, como eu já estava trabalhando com contabilidade, decidi continuar na área.


Continuar CLT ou ser dona do meu próprio negócio?

Logo depois, lendo uma matéria em uma revista sobre produtividade escrita por um coach, comecei a segui-lo nas redes sociais e a pesquisar mais sobre o assunto. Em 2017 fiz minha primeira formação de coach, e lá descobri meu propósito e minha missão de vida. Foi então que, mesmo sabendo que não iria ser fácil, aos 39 anos decidi mudar de carreira.

E agora, como fazer essa transição?

Com o coaching eu poderia atender meus clientes on-line e à noite, mas eu precisaria de tempo para me dedicar ao atendimento durante o dia também.

Aí surgiu a grande dúvida: largar ou não o meu emprego com carteira assinada para empreender em algo que eu amava fazer? Aposto que muita gente diria “Mas, Andréia, empreender é muito bom, liberta!”. Ops! Lamento dizer, mas não é tão fácil assim quanto parece!

Para empreender você precisa ter persistência, pois nada acontece da noite para o dia e você irá precisar de um preparo emocional maior do que você imagina!

Meu primeiro pensamento foi: “vou largar meu emprego CLT e me dedicar ao que eu amo fazer, que é desenvolver pessoas”. Porém, essa decisão é muito mais complexa do que as pessoas pensam. Como me conheço muito bem, sei que detesto enfiar os pés pelas mãos quando se trata de dinheiro. Eu não teria tranquilidade para trabalhar com a minha paixão, enquanto os boletos iriam vencendo e eu sem ter como pagá-los.

“Ah, mas Andréia, quando a gente trabalha com que ama não fica mais fácil”? Sim, com certeza você terá mais motivação e persistência para continuar, mas vai exigir de você muito esforço do mesmo jeito.


Faça escolhas conscientes

Hoje eu ainda estou na CLT e só tenho a agradecer à empresa em que trabalho. Continuo atendendo como coach à noite e nos finais de semana. A vida é insana, me organizo como posso, vou administrando da melhor forma todos os meus papéis, o de mãe, de esposa, irmã, profissional CLT, profissional de coaching, e sei que no momento certo irá acontecer uma migração total de carreira.

Gostaria de registrar aqui como aprendizado que é possível, sim, empreender, mas não pense que será fácil. Muitas vezes você irá pensar em desistir e largar tudo. E, para que seu sonho de empreender não vire um pesadelo, busque conhecimento, informação e desenvolva comportamentos que podem te ajudar nessa nova jornada.

Essas foram as minhas escolhas. Talvez as suas sejam muito diferentes das minhas. O importante é fazer escolhas conscientes, sempre respeitando os seus limites, e estar preparada para assumi-las com todas as coisas boas e ruins que virão a partir dessa escolha.

2022 está aí! E você, pensa em empreender no ano que vem, mas está na dúvida sobre o que fazer? Histórias como a minha podem até inspirar você a mudar sua vida, mas se só isto não for suficiente, o coaching certamente irá ajudá-la.

 
 
 

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